Alas brasileira e angolana anunciaram uma “decisão conciliatória promovida pelo Estado Angolano” e que reconhece Alberto Segunda como líder da organização, que passa a chamar-se Igreja do Reino de Deus em Angola (IRDA).
Segundo um comunicado da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), que dá a conhecer a “decisão conciliatória promovida pelo Estado Angolano”, o Bispo Alberto Segunda é reconhecido como o único líder da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola.
A IURD em Angola mantinha um conflito há vários anos, com uma liderança bicéfala dividida entre a ala reformista, dita “angolana”, chefiada por Valente Bizerra Luís, e a ala “brasileira” da seita fundada por Edir Macedo, liderada atualmente pelo também angolano Alberto Segunda, que substituiu no cargo o brasileiro Honorilton Gonçalves, condenando a três anos de pena suspensa.
Novo nome
O comunicado da IURD assinala que, tendo em conta “o esforço conciliatório do Estado Angolano e a necessidade de sarar algumas feridas decorrentes dos tumultos que tiveram lugar durante o conflito”, a organização passará a ser reconhecida como Igreja do Reino de Deus em Angola (IRDA).
“A Igreja em Angola continuará a adotar, em total respeito pela lei e pelo esforço conciliatório do Estado Angolano, a doutrina religiosa que está na génese da sua criação em Angola”, acrescenta a mesma nota, segundo a qual “todos os irmãos serão bem recebidos, com respeito e dignidade, como fiéis e membros”.
A agora denominada IRDA apela ainda aos seus membros “para cultivarem um espírito de união” e relação que “falará a uma só voz” através do seu líder Bispo Alberto Segunda.
Em novembro de 2019, dissidentes da IURD em Angola acusaram a direção brasileira de crimes financeiros, racismo, discriminação e abuso de autoridade, entre outros, e constituíram uma ala reformista, que foi reconhecida pelo Governo angolano como legítima representante do movimento religioso brasileiro
Na sequência, foram constituídos arguidos quatro membros da liderança da IURD, que foram absolvidos em março de 2022, da maioria das acusações, exceto o ex-responsável Honorilton Gonçalves, condenado a três anos de prisão, de pena suspensa, pelo crime de violência física e psicológica.
Fonte: MN