EUA deportaram 119 cidadãos angolanos em 2024

Em 2024, os EUA deportaram 119 cidadãos angolanos. No total, foram repatriados 271.484 estrangeiros, incluindo indivíduos com antecedentes criminais graves e ligações a terrorismo.

Os Estados Unidos da América (EUA) deportaram 119 cidadãos angolanos em 2024, mais 49 do que ano anterior e três vezes mais do que em 2019, segundo o relatório anual dos serviços de imigração e alfândegas norte-americano.

Os Serviços de Imigração e Alfândegas (ICE, na sigla inglesa) são responsáveis pelas operações de detenção e deportação de estrangeiros considerados prejudicais à segurança das comunidades norte-americanas ou que violam as leis da imigração e asseguram investigações ligadas à segurança nacional.

Entre os restantes países africanos lusófonos, destaca-se Cabo Verde, com 12 cidadãos deportados, enquanto a Guiné-Bissau conta quatro registos e Moçambique três.

Em 2024, foram deportados 271.484 estrangeiros para 192 países diferentes, incluindo 88.763 que tinham acusações ou condenações por atividades criminosas, 3.706 membros de gangues conhecidos ou suspeitos, 237 terroristas conhecidos ou suspeitos, e oito violadores dos direitos humanos, refere-se no relatório consultado pela Lusa.

Mais de 30% das pessoas expulsas tinham antecedentes criminais, com uma média de 5,63 condenações e/ou acusações por indivíduo, e muitos dos seus antecedentes criminais eram “extremamente graves”, tendo sido identificados e detidos indivíduos que eram procurados nos seus países de origem por atividades terroristas e participação em atos de tortura.

O relatório destaca também os “intensos esforços diplomáticos” que resultaram num aumento do número de voos fretados para países do Hemisfério Oriental, incluindo o primeiro grande voo ‘charter’ de deportação para a República Popular da China desde 2018, bem como os que tiveram escala na Albânia, Angola, Egito, Geórgia, Gana, Guiné, Índia, Mauritânia, Roménia, Senegal, Tajiquistão e Uzbequistão.

A questão do repatriamento de estrangeiros pelos Estados Unidos voltou a estar na ordem do dia após o recém empossado Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado a sua intenção de deportar imigrantes ilegais.

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