Ex-director da Educação e mais seis pessoas constituídos arguidos no caso do concurso público no Cuanza-Norte

Sete pessoas foram constituídas arguidas pela Procuradoria-geral da República no Cuanza-Norte, no âmbito do processo que culminou com a anulação das provas de admissão do concurso público da educação, realizadas em Novembro último, nesta província.

Em causa estão as irregularidades detectadas nos exames de admissão, como actos de corrupção, adulteração de resultados e classificações e atribuição de notas fraudulentas em mais de 200 processos, dos 353 apurados para os diferentes níveis de ensino.

A informação foi prestada à ANGOP, esta quinta-feira, em Ndalatando, pela sub-procuradora geral da República Titular no Cuanza-Norte, Maria Joaquina Matias Pedro.

A magistrada revelou que os arguidos são acusados dos crimes de peculato, associação criminosa e recebimento indevido de vantagens.

Embora não avançou nomes, a ANGOP soube de fonte segura que entre os acusados está o ex-director do Gabinete Provincial da Educação, Manuel Miguel Lourenço.

Esclareceu que no âmbito da denúncia pública recebida, a PGR desencadeou diligências que culminaram com a abertura no Serviço de Investigação Criminal (SIC) do processo-crime nº 67/SIC/2024.

Este é o quarto processo de natureza económica e financeira deste ano que tramita na sala de combate à corrupção da PGR local com o nº 1663/2024/CNT.

“O processo está a andar e não vai morrer solteiro. Já foram distribuídas as notificações da acusação e alguns arguidos já foram ouvidos no processo, em instrução preparatória”, frisou.

Referiu que a instituição está a acompanhar minuciosamente o caso, dada a repercussão que teve na sociedade, e que levou a ministra da Educação, Luísa Grilo, a ordenar a anulação das provas de admissão.

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