O final de semana começou com a disseminação de notícias que visam manchar a reputação de Eugénio Clemente, numa altura em que o seu nome é, com alguma frequência, referenciado como candidato a uma pasta no governo de João Lourenço.

Clemente é um jovem empreendedor, que já dirigiu o Instituto de Fomento Turístico de Angola (INFOTUR) e actualmente faz analises da situação política, económica e social do país em vários órgãos de comunicação.

Sua trajectória empreendedora teve início em 2006, quando fundou seu próprio grupo empresarial. Em 2011, ele empreendeu e concluiu com sucesso o projecto da estrada e abertura da plataforma Tombwa Iona, cujos custos foram avaliados em 50 milhões de dólares. Ele também desempenhou um papel crucial na revitalização das Festas do Mar do Namibe, contribuindo significativamente para a projecção da imagem da província.

No período de 2002 a 2009, Eugénio Clemente emergiu como uma das principais vozes da reconstrução nacional. Sua influência foi tão notável que, em 2009, o General Higino Carneiro demonstrou interesse em tê-lo no Ministério das Obras Públicas, especificamente no gabinete de imprensa. Em 2009, ele ingressou no sector do turismo como assessor do Ministro, e em 2013, foi nomeado Director Geral do Infotur. Com apenas 37 anos na época, Eugénio Clemente liderou a reestruturação bem-sucedida do Infotur, seguindo um projecto elaborado pela Delloite. Desde então, o nome começou a ser associado a um potencial cargo ministerial, apesar das esperanças do Namibe, sua terra natal, de vê-lo como seu Governador.

Eugénio Clemente emerge como um proponente de uma abordagem inovadora do papel do turismo na economia angolana. Seu nome sempre foi alvo de receios, o que é uma consequência natural de sua competência e influência. Ele participou de eventos internacionais, interagiu com ministros e embaixadores e demonstrou uma visão estratégica do país. Além disso, seu comprometimento com a diplomacia para promover o turismo em Angola tem sido notável, estabelecendo conexões valiosas com parceiros internacionais interessados no desenvolvimento do sector turístico angolano.

Vale ressaltar que as recentes tentativas de manchar a reputação de Eugénio Clemente, são mais como fogo amigo do que uma avaliação justa. Estas tentativas deixam de elogiar as conquistas notáveis deste indivíduo, como a conclusão bem-sucedida do projecto dos cinco hotéis do Infotur, que posteriormente foram privatizados como activos de excelência. Em 2013, ele também coordenou o alojamento das selecções participantes na Copa do Mundo de Hóquei, um evento de sucesso para Angola.

O caso de Eugénio Clemente, revela bem os entraves a que são submetidos os quadros sérios e comprometidos com o país.